terça-feira, 31 de março de 2009

"Refletindo sobre a morte" - nova postagem


Mediterrâneo - Grécia


Há uma tristeza instalada em meu peito. Ela dói e molha meus olhos, toma conta dos meus pensamentos. São os esbarrões que levamos da vida, uns mais violentos do que outros, que nos põem de frente com à certeza de nossa insignificância diante do infinito e dos mistérios do mundo que nos cerca. Lembro-me de uma conversa com um dos meus irmãos, meses depois da morte do meu pai. Ele se espantava com o fato de que a sua saudade não passava com o tempo, ao contrário, ela aumentava.

Essas são tristezas que estamos condenados a carregar pelo resto de nossas vidas. Mas constato isso e, imediatamente, reflito: não é castigo, é um presente o fato de guardarmos na lembrança, e de uma maneira quase física, a imagem de alguém que preencheu nossos dias com exemplos e alegrias. É como se essas figuras excepcionais, que tivemos o privilégio de conhecer, desfrutar e conviver, se incorporassem definitivamente à nossa vida, ao nosso dia a dia. Essas pessoas permanecem dentro de nós e, sem nos avisar, em alguns momentos, tomam conta de nossa consciência, parecem nos influenciar a pensar de forma mais equilibrada, a agir de maneira mais suave e tranqüila. Essa presença nos conforta e nos encoraja de uma forma inexplicável.


Assim, se num primeiro momento nos sentimos perdidos e desamparados, com o tempo, é como se acrescentássemos as qualidades de quem passou pela nossa vida, aos nossos valores. Aí já não há somente a perda, a saudade, a noção real de que nunca mais veremos aquela pessoa tão querida. Faltarão sempre os abraços, os encontros inesperados em qualquer esquina, mas restarão as lembranças de momentos inesquecíveis, para sempre.


Há um ganho e não uma perda que se incorpora em nossas vidas que nos ajuda a enfrentar a realidade. Acordo de manhã e me levanto para viver mais um dia. Num dado momento, me dou conta de que não estou sozinha, uma presença toma conta de mim. São instantes e eu me concentro para absorver o que sinto. Outras vezes, no meio de uma conversa, ao ouvir uma música ou notar um passarinho que parece que canta só pra mim, ou quando sinto o aroma de um prato gostoso, aí a imaginação voa, e então algo mágico acontece, uma conversa sem palavras, um toque, a certeza de que não estou sozinha. É literalmente, uma injeção de energia que me dá força e coragem. Desfrutar e cultivar essas ocasiões é um privilégio para quem tem a sensibilidade de percebê-las, não me parece nenhuma loucura...


Não que eu queira me enganar ou me iludir para compensar a dor de nunca mais ter alguém que foi tão importante para mim, fisicamente, ao meu lado, mas “certas vidas, certos homens e mulheres, marcam com tanta intensidade seu espaço no mundo, que a morte não é capaz de apagar a grandeza e humanidade do que construíram.” É isso.

sexta-feira, 27 de março de 2009

"Os Sonhos que Alimentam a Vida"


Livraria Cultura da Av. Paulista


Lançamento

José Gregori lançou livro sobre a sua trajetória

No dia 26.03.2009, José Gregori lançou a obra "Os sonhos que 


alimentam a vida", Editora Jaboticaba (432p.)


O lançamento foi na Livraria Cultura na 


Av. Paulista, 2073, São Paulo/SP.


Sobre a obra :

José Gregori é figura fundamental dentro da, muitas vezes conturbada, história política brasileira. No livro, Os sonhos que alimentam a vida, o ministro da Justiça do Governo Fernando Henrique Cardoso expõe, com muita coragem e lucidez, sua trajetória reconhecida como um dos maiores defensores da democracia e dos Direitos Humanos no Brasil e no exterior.

Ao longo de 432 páginas, poucas para resumir sua intensa participação na vida pública, José Gregori recorda também sua infância, livros, filmes e músicas que influenciaram sua formação e aguçaram sua sensibilidade. Com um texto bem humorado e confessional, resgata as delícias da época, o romantismo dos estudantes de Direito, o orgulho de ser brasileiro dentro de uma cidade cosmopolita como São Paulo, que fazia da juventude do então futuro ministro um paraíso de descobertas e deslumbramentos.

O começo de sua longa vida política nos congressos estudantis, na UNE. Eis que se configura para José Gregori um Brasil verdadeiro, no contato com diversas correntes de pensamento, ou personalidades fascinantes como Jânio Quadros, Carlos Lacerda, Luis Carlos Prestes, San Tiago Dantas, Dom Paulo Evaristo Arns. Presenciou de perto a paranóia pré-golpe de 64, os últimos momentos de Jango como presidente, sempre com fatos pitorescos para contar, narrando os acontecimentos com fidelidade e contextualização histórica, através de cartas, documentos e depoimentos.

José Gregori ilustra, com lembranças muito vivas, o cenário claustrofóbico do regime militar. E ele agita a bandeira da luta pelos Direitos Humanos a partir dos episódios de tortura nos porões da repressão.

Participa ativamente do caminho para democracia, apoiando as greves de São Bernardo ou através das ações da Comissão de Justiça e Paz. Conta suas primeiras impressões sobre Lula, a relação com Fernando Henrique Cardoso, Ulysses Guimarães, que surgem em fotos surpreendentes do arquivo pessoal do autor.

José Gregori - Os sonhos que alimentam a vida é apenas o trabalho de "um lembrador", como diz o próprio autor. Um lembrador que, com suas palavras e memória prodigiosa, mostra o seu desejo por uma humanidade mais justa e seu amor pelo Brasil.

Sobre o autor :

José Gregori, foi deputado estadual, ministro da Justiça, embaixador do Brasil em Portugal e é defensor dos direitos humanos.


Matéria publicada no site jurídico "Migalhas"

quinta-feira, 26 de março de 2009

Ipê Amarelo


Ipê Amarelo


O ipê amarelo é a árvore brasileira mais conhecida, a mais cultivada e, sem dúvida nenhuma, uma das mais bonitas. É na verdade um complexo de nove ou dez espécies com características mais ou menos semelhantes, com flores brancas, amarelas ou roxas. Não há região do país onde não exista pelo menos uma espécie dele, porém a existência do ipê em habitat natural nos dias atuais é rara entre a maioria das espécies.

A espécie Tabebuia alba, nativa do Brasil, é uma das espécies do gênero Tabebuia que possui “Ipê Amarelo” como nome popular. 

As árvores desta espécie proporcionam um belo espetáculo com sua bela floração na arborização de ruas em algumas cidades brasileiras. São lindas árvores que embelezam e promovem um colorido no final do inverno. Existe uma crença popular de que quando o ipê-amarelo floresce não vão ocorrer mais geadas. Infelizmente, a espécie é considerada vulnerável quanto à ameaça de extinção.

 As árvores possuem cerca de 30 metros de altura. O tronco é reto ou levemente tortuoso, com 5 a 8 m de altura. Com ramos grossos, tortuosos e compridos, o ipê-amarelo possui copa alongada e alargada na base. As raízes de sustentação e absorção são vigorosas e profundas.

As flores, grandes, são de coloração amarelo-ouro. Possuem em média 8X15 cm. Quanto aos frutos, estes possuem forma de cápsula e são secos, lembram uma vagem. Possuem grande quantidade de sementes. As sementes são brilhantes e esbranquiçadas, de coloração marrom. Possuem de 2 a 3 cm de comprimento e são aladas.  

A madeira do Ipê é muito valorizada no mercado. O preço médio do metro cúbico de pranchas de ipê no Estado do Pará, cotado em Julho e Agosto de 2005, foi de R$ 2.000,00.

Fonte: http://www.ipef.br/identificacao/tabebuia.alba.asp

sexta-feira, 20 de março de 2009

Mílton Nascimento, magistral!

Nascente do rio Formoso - Bonito MS

"Quem sabe isso quer dizer amor"
Composição: Lô Borges / Márcio Borges

Cheguei a tempo de te ver acordar
Eu vim correndo a frente do sol
Abri a porta e antes de entrar
Revi a vida inteira

Pensei em tudo que é possivel falar
Que sirva apenas para nós dois,
Sinais de bem, desejos de cais
Pequenos fragmentos de luz

Falar da cor, dos temporais,
de céu azul das flores de abril
Pensar além do bem do mal
Lembrar de coisas que ninguém viu

O mundo lá sempre a rodar
Em cima dele, tudo vale
Quem sabe isso quer dizer amor
Estrada de fazer o sonho acontecer!

Pensei no tempo, e era tempo demais
Voce olhou sorrindo pra mim
Me acenou um beijo de paz
Virou minha cabeca

Eu simplesmente não consigo parar
Lá fora o dia já clareou
Mas se você quiser transformar
O ribeirão em braço de mar

Você vai ter que encontrar
Aonde nasce a fonte do ser
E perceber meu coração
Bater mais forte só por você

O mundo lá sempre a rodar
Em cima dele, tudo vale
Quem sabe isso quer dizer amor
Estrada de fazer o sonho acontecer!

"Quem sabe isso quer dizer amor"

"Canções e Momentos"

quarta-feira, 18 de março de 2009

segunda-feira, 9 de março de 2009