Essas são tristezas que estamos condenados a carregar pelo resto de nossas vidas. Mas constato isso e, imediatamente, reflito: não é castigo, é um presente o fato de guardarmos na lembrança, e de uma maneira quase física, a imagem de alguém que preencheu nossos dias com exemplos e alegrias. É como se essas figuras excepcionais, que tivemos o privilégio de conhecer, desfrutar e conviver, se incorporassem definitivamente à nossa vida, ao nosso dia a dia. Essas pessoas permanecem dentro de nós e, sem nos avisar, em alguns momentos, tomam conta de nossa consciência, parecem nos influenciar a pensar de forma mais equilibrada, a agir de maneira mais suave e tranqüila. Essa presença nos conforta e nos encoraja de uma forma inexplicável.
terça-feira, 31 de março de 2009
"Refletindo sobre a morte" - nova postagem
Mediterrâneo - Grécia
Há uma tristeza instalada em meu peito. Ela dói e molha meus olhos, toma conta dos meus pensamentos. São os esbarrões que levamos da vida, uns mais violentos do que outros, que nos põem de frente com à certeza de nossa insignificância diante do infinito e dos mistérios do mundo que nos cerca. Lembro-me de uma conversa com um dos meus irmãos, meses depois da morte do meu pai. Ele se espantava com o fato de que a sua saudade não passava com o tempo, ao contrário, ela aumentava.
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3 comentários:
Celebrar a vida e celebrar a morte...nada mais bonito.
Namastê, Pat!
Aos 7 anos perdi a primeira pessoa importante na minha vida, foi quando dei o primeiro passo para a maturidade, aos 30 perdi a mulher que amava, dei o primeiro passo para loucura, aos 37 descobri um novo amor, dei o primeiro passo para lucidez. A vida é isso, uma longa caminhada onde cada passo é o primeiro. Abç
Grande prazer encontrar um texto tão delicioso e emocionante!
E há ainda a necessidade de lidarmos com esse maldito corvo, que nã cansa de repetir "nunca mais".
Já eu, voltarei sempre a esse blog !
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